terça-feira, 18 de outubro de 2011

Psicose .






Generalidades

A psicose é um estado anormal de funcionamento psíquico. Mesmo não sabendo exatamente como são as patologias psiquiátricas, podemos imaginar algo semelhante ao compará-las com determinadas experiências pessoais. A tristeza e a alegria assemelham-se à depressão e a mania, a dificuldade de recordar ou de aprender estão relacionada à demência e ao retardo, o medo e a ansiedade perante situações corriqueiras têm relações com os transtornos fóbicos e de ansiedade. Da mesma forma outros transtornos psiquiátricos podem ser imaginados a partir de experiências pessoais. No caso da psicose não há comparações, nem mesmo um sonho por mais irreal que seja, não é semelhante à psicose.


A essência da Psicose

Quando alguém nos conta uma história realista dependendo da confiança que temos nessa pessoa acreditaremos na história. Na medida em que constatamos indícios de que a história é falsa começamos a pensar que nosso amigo se enganou ou que no fundo não era tão confiável assim. Nesse evento o que se passou? Primeiro, um fato é admitido como verdadeiro, depois novos conhecimentos ligados ao primeiro são adquiridos, por fim a confrontação dos fatos permite a verificação de uma discordância. Do raciocínio lógico surgiu um questionamento. Essa forma de proceder provavelmente é exercida diariamente por todos nós. A forma de conduzir idéias confrontando-as com os fatos é uma maneira de estabelecer o contato com a realidade. O que aconteceria se essa função mental não pudesse mais ser executada? Estaríamos diante de um estado psicótico!
Pois bem, o aspecto central da psicose é a perda do contato com a realidade, dependendo da intensidade da psicose. Num dado momento a perda será de maior ou menor intensidade. Os psicóticos quando não estão em crise, zelam pelo seu bem estar, alimentam-se, evitam machucar-se, têm interesse sexual, estabelecem contato com pessoas reais. Isto tudo é indício da existência de um relacionamento com o mundo real. A psicose propriamente dita começa a partir do ponto em que o paciente relaciona-se com objetos e coisas que não existem no nosso mundo. Modifica seus planos, suas idéias, suas convicções, seu comportamento por causa de idéias absurdas, incompreensíveis, ao mesmo tempo em que a realidade clara e patente significa pouco ou nada para o paciente. Um psicótico pode sem motivo aparente cismar que o vizinho de baixo está fazendo macumba para ele morrer, mesmo sabendo que no apartamento de baixo não mora ninguém. A cisma nesse caso pertence ao mundo psicótico e a informação aceita de que ninguém mora lá é o contato com o mundo real. No nosso ponto de vista são dados conflitantes, para um psicótico não são, talvez ele não saiba explicar como um vizinho que não está lá pode fazer macumba para ele, mas a explicação de como isso acontece é irrelevante, o fato é que o vizinho está fazendo macumba e pronto. O psicótico vive num mundo onde a realidade é outra, inatingível por nós ou mesmo por outros psicóticos, mas vive simultaneamente neste mundo real.


Delírio, o principal sintoma
O delírio é toda convicção inabalável, incompreensível e absurda que um psicótico tem. O delírio pode ser proveniente de uma recordação para a qual o paciente dá uma nova interpretação, pode vir de um gesto simples realizado por qualquer pessoa como coçar a cabeça pode vir de uma idéia criada pelo próprio paciente, pode ser uma fantasia como acreditar que seres espirituais estejam enviando mensagens do além através da televisão, ou mais realistas como achar que seu sócio está roubando seu dinheiro. O delírio proveniente de eventos simples como coçar a cabeça são as percepções delirantes. Ver uma pessoa coçar a cabeça não pode significar nada, mas para um paciente delirante pode, como um sinal de que a pessoa que coçou a cabeça julga-o (paciente) homossexual. Quando a idéia é muito absurda é fácil ver que se trata de um delírio, mas quando é plausível é necessário examinar a forma como o paciente pratica a idéia que defende. O exemplo do vizinho acima citado também é um delírio. A constatação de um delírio não é tarefa para leigos, nem mesmo os clínicos gerais estão habilitados para isso; somente os psiquiatras e profissionais da área de saúde mental.

Sintomas de alucinação na psicose

Uma alucinação é definida como percepção sensorial na ausência de estímulo externo. Ela é diferente de ilusão, ou distorções perceptivas, as quais são erros na percepção de estímulos externos. Alucinações podem ocorrer em qualquer um dos cinco sentidos e tomar quase qualquer forma, incluindo desde simples sensações até experiências mais complexas como ver e interagir com animais, escutar vozes e ter sensações táteis complexas.

Alucinações de audição, particularmente experiências de escutar vozes, são comuns na psicose. Vozes de alucinação podem falar sobre ou para o psicótico, e podem envolver vários locutores com personalidades distintas. Alucinações de audição tendem a ser particularmente perturbadoras quando são depreciativas, comandantes, ou preocupantes.


Sintomas de delírio na psicose

A psicose pode envolver crenças delirantes, algumas das quais de natureza paranóica. Karl Jaspers classificou os delírios psicóticos em tipos primário e secundário. Os delírios primários são definidos como de aparecimento súbito e não compreensíveis em termos de processo mental normal. Os delírios secundários podem ser compreendidos com sendo influenciados pela formação da pessoa e situação atual.

Sintomas de desordem do pensamento na psicose

Desordens de pensamento descrevem um distúrbio subordinado ao pensamento e são classificadas principalmente por seus efeitos na fala e escrita. Pessoas afetadas mostram perda de associações que são uma desconexão e desorganização do conteúdo semântico da fala e escrita.

Tratamento do psicótico

O tratamento do psicótico depende da causa da psicose (por exemplo, esquizofrenia, transtorno bipolar, abuso de substâncias, etc.). A primeira linha de tratamento para muitos transtornos psicóticos é medicação antipsicótica. Algumas vezes hospitalização é necessária. Psicoterapia e terapia familiar também podem ser usados no tratamento do psicótico para controlar os sintomas.
Quando outros tratamentos para a psicose são ineficientes, terapia eletroconvulsiva é algumas vezes aplicada para aliviar os sintomas da psicose decorrentes de depressão.





Bem... a Psicose também gerou um dos filmes mais conhecidos de todos os tempos (Psycho, 1960). Obra-prima de Alfred Hitchcock, que brinca como ninguém com seus personagens e tem total controle sobre o nosso medo.




Clássico dos clássicos do cinema mundial. Psicose não é só um dos melhores filmes da história, mas também um dos mais plagiados, satirizados e ousados também. Partindo de uma premissa bem simples, o filme virou o marco que é por ter um segredo muito bem guardado, um roteiro que se desenvolve de maneira bem assustadora, atores inspirados conduzidos de maneira mágica pelo gênio Alfred Hitchcock e muito mais. Para mim, sua obra máxima. Vale a pena assistir J















Então eu vou, me matando com estilo
Me arrependo de não levar você comigo Então eu vou, torturar meus inimigos Que eu odeio, por não deixar você comigo
Então eu vou, esfaquiar na cara dela
Que eu odeio por ser quem me criou na merda
Aquela arma, era só pra te assustar
Minha intenção, nunca foi de te matar...







Voltem Sempre :)








Um comentário:

  1. É muito interessante você abordar esses temas...
    Adorei, dava pra ser psiquiatra...

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