quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ted Bundy


Ted Bundy (Theodore Robert Cowell -1946-1989). Nascido na Maternidade Elizabeth Lund Unwed Mother, em Vermont (EUA), a identidade de seu pai é desconhecida (enquanto na certidão de nascimento há o nome de ‘Lloyd Marshal’, sua mãe afirmou que fora seduzida por um homem de nome ‘Jack Worthington’), tendo sido cogitada a hipótese de ter ela sido violentada por seu próprio pai, o que fez com que Ted crescesse crendo que era irmão de sua própria mãe.

Enganaram o pequeno Ted

Uma moça muito jovem, que havia saído com um segurança algumas vezes, fica grávida. Seus pais decidem que, quando a criança nascer, a assumirão como se eles fossem os pais. Foi nesta casa que nasceu Theodore.
Fizeram o pequeno “Ted” (ou “Teddy”) acreditar, portanto, que seus avós maternos eram seus pais e que sua mãe biológica era sua irmã. O pai verdadeiro ele nunca conheceu.
Ted diria, anos depois, que amava o avô, mas outros membros da família declararam que o avô de Ted era um homem violento – chutava cachorros, agredia mulheres…
Conta-se que quando Ted tinha 3 anos, uma tia sua, ao acordar, percebeu que ele estava a seu lado manipulando facas – e ela ficou com medo da criança.
Quando tinha 4 anos, a mãe verdadeira mudou de cidade, levando-o, e um ano depois ela se casou. Theodore então recebeu o sobrenome Bundy. O casal teve quatro filhos, crianças que Ted ajudou a cuidar. O marido da mãe até tentou estabelecer uma relação mais próxima com Ted, mas foi em vão. Ele era muito tímido e os colegas de escola o provocavam. Relatos de seus professores falam de um temperamento imprevisível, explosivo. Contudo, tirava boas notas.
Na adolescência, Ted Bundy passou a se socializar mais. Tinha interesses por esqui e política.
Começou a trabalhar em empregos simples, mas permanecia pouco tempo nestes.
O primeiro amor de Ted Bundy

Em 1967, aos 21 anos, Ted Bundy conheceu uma garota bonita e de boa família, Leslie Holland. Aparentemente, foi com ela que ele teve sua primeira relação sexual, e Ted gostava mais dela do que ela dele. Ela o achava sem objetivos e ele, com mentiras, tentava impressioná-la.
Suspeita-se que, nesta época, ele também cometia furtos – até de carros.
No ano seguinte, ela terminou com ele, após se formar. Ted ficou um tempo deprimido e obcecado com ela.
Em 69, Ted finalmente fica sabendo que sua “irmã” é, na verdade, sua mãe. Não mudou o comportamento com ela, mas ficou ainda mais distante do pai adotivo.
Ajudando pessoas em crise
Ted estudou Psicologia na universidade, e seus professores gostavam dele, que tinha um bom desempenho.
Bundy conheceu então uma secretária tímida, separada e com uma filha, com quem ficou envolvido por cinco anos, Elizabeth Kendall (na verdade, pseudônimo adotado por ela ao escrever um livro sobre a história, “My life with Ted Bundy”).
Ela queria se casar com ele, ele dizia ainda não estar “na hora”, e ela suspeitava que ele mantinha outros encontros.
Ted levava uma vida aparente de homem “do bem”. Perseguiu um batedor de carteiras. Recebeu uma medalha por salvar um garoto de 3 anos que se afogava em um lago. Começou a se envolver mais com a política. E prestava assistência, como voluntário, em um serviço telefônico de ajuda emocional a pessoas em crise.
Ann Rule, que escrevia artigos policiais para revistas, por um ano foi sua colega neste serviço, na Crisis Clinic. Conta que, nas noites de domingos e terças-feiras, ficavam apenas os dois em uma casa. Por uma enorme coincidência, pouco depois ela foi contratada por uma editora para escrever um livro1 sobre o serial killer que assombrava a região, mas que ainda não havia sido identificado…
Ted era membro ativo do Partido Republicano e, em 1973, em uma viagem do partido, reencontrou a primeira namorada, Leslie, com quem ele ainda falava ocasionalmente. Como ele estava mudado, ela se interessou nele, e mantiveram encontros, sem ela saber de Elizabeth. Mas logo ele mudou, ficou frio, perdeu o interesse nela. Em fevereiro de 74, ele desapareceu da vida dela.



As primeiras poças de sangue.




Linda Ann Healy era uma bela jovem, que trabalhava em uma rádio como comentarista do tempo. Tinha 21 anos e estudava Psicologia. Ted tinha 27. Na noite de 30 de janeiro de 1974, ela saiu para um pequeno bar próximo a sua casa, com amigas com as quais morava, para tomar uma cerveja após o jantar. Logo se despediu das amigas, disse que iria para casa ver televisão e ligar para o namorado.
Pela manhã, a sua cama estava vazia. No fim do dia, seus pais estranharam, pois ela não apareceu na casa deles como de costume, e chamaram a polícia. No seu quarto, a cama estava arrumada de um jeito diferente do habitual e alguns objetos faltavam. Também encontraram vestígios de sangue. A polícia não suspeitou da gravidade do caso e não recolheu muitas provas.
Seu crânio só seria achado no ano seguinte, com marcas de espancamento severo; o resto de seu corpo nunca foi encontrado.
“Você pode me ajudar com esses livros?”
Nos meses seguintes, outros desaparecimentos aconteceram, e todas as garotas eram parecidas em alguns aspectos: brancas, jovens, com cabelos escuros, longos e, geralmente, repartidos ao meio. Algumas pessoas que as viram antes de sumir relataram tê-las visto conversando com um homem usando gesso no braço e pedindo ajuda para carregar alguns livros.
retrato falado de Ted BundyEm agosto de 74, a polícia encontrou, em um parque, os crânios de duas garotas, Janice Ott e Denise Laslund – ambas desaparecidas no dia 14 de julho, em horários diferentes. Uma testemunha deste caso ouviu o assassino dizer às garotas, quando as abordou, que se chamava Ted. Outras duas mulheres, juntas, haviam sido abordadas por Ted no mesmo dia e local, mas não o ajudaram a carregar os livros para seu carro.
Por causa de denúncias decorrentes do divulgado retrato falado do suspeito, Ted Bundy passou a ser investigado.
Mais uma, e mais uma…
Uma amiga de Elizabeth Kendall, a namorada de Ted, também viu o retrato falado e o achou parecido com Ted. Havia mais motivos para Elizabeth acreditar, como o Fusca (Ted tinha um)e a atadura (ela viu uma nos pertences dele mas nunca o havia visto usá-la) usados pelo criminoso. Elizabeth entrou em contato com a polícia, que solicitou-lhe retratos de Ted – mas testemunhas dos sequestros não o reconheceram nas fotos. A polícia deixou Ted de lado.
Ted foi para outro Estado (ele acabaria matando em vários Estados diferentes). Em outubro, a filha de um chefe de polícia, Melissa Smith, de 17 anos, foi estrangulada, estuprada e sodomizada.
Já Laura Aime, de 17 anos, sofreu pancadas no rosto e a mesma violência sexual.
Em novembro, Ted conseguiu colocar Carol DaRonch em seu carro. Quando tentou algemá-la, ela escapou do carro. Ele saiu com uma barra de ferro atrás dela, mas ela chutou seus testículos e saiu correndo. No mesmo dia, ele capturou Debby Kent.
Uma outra vítima sobrevivente, Joni Lenz, atacada em 1974, foi encontrada em seu quarto, tendo apanhado muito e com um apoio da cama enfiado em sua vagina. Ficou com seqüelas físicas e emocionais o resto da sua vida.
Em janeiro de 75, a vítima foi Caryn Campbell, encontrada quase um mês depois, perto de uma estrada, o corpo comido por animais. Poucos meses depois, desapareceu Brenda Ball. E logo outra, e outra…
Entre 74 e 78, Ted fez cerca de 36 vítimas. Bundy nunca confirmou o número exato. Em uma ocasião, quando mencionaram-lhe este número, ele deu um sorriso e disse aos detetives: “Acrescentem um dígito e terão o total.” A escritora Ann Rule pergunta: “Ele queria dizer 37? Ou 136? Ou 360?”.
Ou quis apenas “brincar”?


Capturado e julgado.

A captura definitiva de Ted foi trabalhosa.
Em agosto de 75, um policial achou suspeito um motorista que rondava um bairro. Quando tentou abordá-lo, ele fugiu, mas acabou batendo. O policial notou que faltava o banco de passageiros do carro. E foram encontrados uma barra, máscara de esqui, algemas, uma corda e um picador de gelo. Ted foi preso.
Ted Bundy – mugshotCarol, aquela que fugiu do carro, o reconheceu. Assim como conhecidos de Debby, que o viram abordando-a. Ele alegava inocência.
A namorada Elizabeth, depondo, disse que no último ano Ted tinha pouco interesse sexual e, quando tinha, queria praticar alguma violência leve (”bondage”). E forneceu informações valiosas, como o paradeiro dele no dia dos sumiços. Outras pistas foram surgindo.
Em fevereiro de 76, Ted Bundy foi levado a julgamento pelo seqüestro de Carol. Ele estava tranquilo. E negou a acusação. Entretanto, foi condenado à prisão. Preso, foi avaliado por psicólogos que, entre várias hipóteses, lançaram uma interessante, sobre o seu funcionamento psíquico: Ted tinha medo de ser humilhado em suas relações com as mulheres.
Saindo pela porta da frente do presídio
Enquanto isto, a investigação dos outros crimes continuava, e provas se avolumavam.
Na preparação para o julgamento do caso Caryn, Ted ficou insatisfeito com seu advogado. Ele resolveu defender a si mesmo (atitude permitida nos EUA). Ele tinha autorização para ir à biblioteca da prisão, estudar para a sua defesa. Mas Ted tinha outros planos… Em junho, ele pulou por uma janela aberta da biblioteca. Machucou-se, mas estava livre.
Cerca de 150 homens saíram à sua caça, mas não conseguiram achá-lo. Nesta época, Ted sentia-se invencível. “Nada saía errado. Se algo saía, a próxima coisa que acontecia era tão boa que compensava. Era até mesmo melhor.” – disse ele posteriormente.
Bundy roubava alimentos, dormia em vários locais diferentes. Quando conseguiu roubar um carro para sair da cidade, foi pego.
Agora, quando ia à biblioteca da prisão, era algemado e com ferros nos pés. Mas ele não desistiu. Escapou de sua cela, pelo teto, e parou na sala de um guarda. Depois, saiu pela porta da frente do presídio. Quando perceberam seu desaparecimento, ele já estava a caminho de outro Estado, onde se alojou usando um nome falso. Passava os dias no campus de uma faculdade, onde assistia a algumas aulas, ou ficava em casa vendo televisão – roubada, é claro, assim como tudo o mais do apartamento.
Curando a abstinência de matar
vítima de Ted Bundy

Em janeiro de 78, Ted Bundy entrou em um alojamento feminino de estudantes (o Chi Omega). Ted agiu desesperadamente, freneticamente, como quem precisasse saciar uma longa abstinência de violência, sexo e sangue. As garotas foram atacadas enquanto dormiam. Duas morreram. Em uma, o mamilo quase foi arrancado por uma mordida, além de ter sofrido invasão sexual com uma lata de spray para cabelo. Em outra, o cérebro ficou exposto, resultado das pancadas que recebeu na cabeça. Duas outras ficaram paraplégicas. Ted Bundy teve que fugir porque uma, além de ter visto seu rosto, conseguiu reagir.
A poucas centenas de metros dali, Ted atacou outra mulher, no apartamento dela. Os gritos acordaram os vizinhos e a polícia chegou logo, e a encontrou viva. Haviam poucas provas deixadas esta noite: fios de cabelo em uma máscara, a marca de uma mordida nas nádegas de uma vítima…
Kimberly Leach, finalmente, foi a última vítima conhecida de Ted. Ela tinha 12 anos, e o caso aconteceu em fevereiro de 78. Seu corpo só foi achado semanas depois.
Sob a luz dos holofotes, até o final
Nesse mês de fevereiro ainda, um policial suspeitou de um Fusca desconhecido na região que patrulhava. Ted tentou fugir, mas parou e, quando ia ser algemado, iniciou luta com o guarda. O guarda venceu.
Ted seria levado a julgamento pelos crimes no Chi Omega e pelo assassinato de Kimberly. Agora ele já era um serial killer notório. Novamente, assumiu sua defesa e negava os fatos.
O julgamento do Chi atraiu bastante a imprensa. A testemunha ocular do Chi complicou Ted. Mas a prova mais contundente foi a análise da mordida – a marca dos dentes na nádega batia exatamente com a dentição de Ted. Sem expressar emoção, Ted Bundy escutou o veredito: culpado.
Mas a pena seria decidida em outro julgamento, ainda. A mãe de Ted chorou e pediu por sua vida. Ted culpou a mídia por sua condenação e disse que seria um absurdo pedir perdão por algo que ele não fez. Nada adiantou. Ted foi duplamente condenado à morte, na cadeira elétrica.
julgamento de Ted BundyForam estes julgamentos que ajudaram a tornar Ted tanto um “monstro”, para a maioria das pessoas, quanto um ídolo para algumas – ele era bonito, bem articulado.
Mas ainda havia o julgamento do caso Kimberly. Desta vez, ele aceitou advogados, que resolveram tentar a alegação de insanidade mental. Ted estava aparentemente nervoso e discutiu com uma testemunha. A prova mais contundente foi o encontro de fibras da roupa da garota no veículo que Ted estaria usando na época. O julgamento durou um mês! Culpado, mais uma vez.
No dia da deliberação do veredito, exatamente dois anos após a morte de Kimberly, ele e Carole Ann Boone, testemunha de defesa, trocaram votos de casamento e, segundo as leis do locais, se isto fosse feito em ambiente legal o casamento seria considerado válido. Isto pegou a todos de surpresa. Mas não mudou em nada a pena. Ted foi condenado à morte, mais uma vez.
Já com outros advogados, tentou apelação, que foi negada. A morte estava marcada para março de 1986. Enquanto outra apelação corria, a data da execução foi remarcada, para janeiro de 89. Nesse ínterim, Ted ainda ajudou a polícia a pensar no caso do “Green River killer” – segundo Robert Keppel, o detetive que conversava com Ted, Bundy aparentava ciúmes ou inveja deste outro assassino.
Ted resolveu contar alguns detalhes de seus crimes. Disse que guardou a cabeça de algumas vítimas como troféu. Também falou de necrofilia. Este policial estima que Ted pode ter feito mais de cem vítimas, algumas antes da primeira conhecida.
Ted tentou, no fim, negociar um prazo de mais alguns anos de vida em troca de mais algumas confissões, sem sucesso.
Após o anúncio de sua morte, o público de fora da prisão ovacionou e foguetes estouraram no céu.
Seu corpo foi cremado.

Conselhos para a sociedade, por Ted Bundy.

Ted Bundy, serial killerTed foi bastante pesquisado, entrevistado, e foi objeto de vários livros.
Falando a Stephen Michaud sobre o homicídio sexual, disse, em terceira pessoa: “O encontro sexual inicial pode ser um mais-ou-menos voluntário que não gratifica inteiramente o espectro de desejos que ele queria. E então, seu desejo sexual cresce… este outro precisa possuí-la totalmente. Enquanto ela repousa lá, algo entre o sono e o coma, ele a estrungula até a morte.”.
Segundo Ted, esta posse sobre a vítima era fundamental, “como alguém possui uma planta em um vaso, uma pintura ou um Porsche”.
Pouco antes de sua execução, ele admitiu a detetives que tinha alguns comportamentos necrofílicos: visitava os corpos abandonados de algumas vítimas, e uma foi encontrada com xampu no cabelo, aplicado após sua morte. Outra, com maquiagem. “Se você tiver tempo, elas podem ser quem você quiser que elas sejam.”
Bundy também fotografou algumas vítimas e guardou pedaços de seus crânios em seu apartamento. Ted disse que chegou a ter 4 ou 5 cabeças guardadas em casa. “Quando você trabalha duro para fazer algo corretamente, você não quer esquecer isto.”
Ted disse a Robert Keppell que, no começo, ficava apavorado logo após os crimes. “Acordar de manhã e tomar consciência do que eu fiz, com a mente clara, com toda a essência da minha moral e com os sentimentos éticos intactos, absolutamente me horrorizava.” Mas pouco depois ele já se sentia bem. Disse que o álcool o ajudava a cometer os crimes, mas não que estivesse tão embriagado a ponto de não saber o que estava fazendo. O álcool o ajudava a “atravessar a fronteira”. Ted também usava maconha com o mesmo intuito.
Keppell faz uma análise interessantíssima da personalidade de Bundy. Segundo ele, eram “quatro diferentes pessoas” em ação – mas ele esclarece: nada a ver com múltiplas personalidades que se alternam, e sim, aspectos diferentes coabitando em uma única mente, simultaneamente. Uma, grandiosa, orgulhosa, que queria negociar sua vida com advogados e governadores. A segunda, numa extremidade oposta, um rapaz bastante derrotado, desprezível. A terceira, alguém terrificado e confuso com o que fez. Por fim, um psicopata, capaz de tornar-se “invisível” quando necessário, mantendo o controle de tudo à sua volta – detetives, guardas, advogados, todo o mundo. “Ele sabia onde ele estava a cada momento. Ele sabia quem ele era.”
Ao detetive Bill Hagmaier, Ted Bundy deu uma de suas mais famosas declarações: “Assassinato não é simplesmente um crime de luxúria ou violência. Torna-se possessão. Elas são parte de você… Você sente o último restinho de ar deixando seus corpos… Você está olhando nos olhos delas… Uma pessoa nesta situação é Deus.”.
A última entrevista de Ted Bundy, um dia antes de ser executado, foi cedida ao psicólogo James Dobson. Foi filmada e trechos são facilmente encontráveis na internet2.Na entrevista final Ted falou sobre o início de seus crimes, mais uma vez. “Por um par de anos, eu fiquei lutando com inibições muito fortes minhas contra comportamentos criminosos e violentos.”
“Não há maneira de descrever a urgência brutal de fazer aquilo, e uma vez que era satisfeita, e o nível de energia declinava, eu me tornava eu mesmo de novo. Basicamente, eu era uma pessoa normal…”
Nesta entrevista, ele põe parte da culpa dos seus atos sobre o consumo de pornografia “pesada”. “Eu não estou culpando a pornografia. A questão é como esse tipo de literatura contribui e ajuda a moldar e dar forma a tipos de comportamento violento. Uma vez que você fica viciado nisso – e eu vejo isso como um tipo de dependência -, você procura por coisas mais potentes, mais explícitas, mais tipos de material gráfico.”
Uma pequena frase dita nesta entrevista foi freqüentemente distorcida, posteriormente: “Nós somos seus filhos e maridos”. Ele referia-se ao público que consome e é influenciado pela pornografia e violência que estão na mídia, e dizia que estas pessoas não eram monstros antes disto, deste consumo, mas podem virar. A frase tem sido divulgada como “Nós, serial killers, somos seus filhos e seus maridos…”, como se fosse uma ameaça do tipo “eu morrerei, mas eles continuarão”. Na verdade, nesta ocasião Ted aconselha à sociedade que pense nesta questão. “A sociedade deve se proteger dela mesma.” , ele afirma, lucidamente.
Bundy tinha consciência de que suas palavras poderiam ser vistas apenas como uma tentativa de benefício próprio, mas completou: “através da ajuda de Deus, eu pude chegar, muito tarde, ao ponto onde eu posso sentir a dor e o sofrimento pelos quais eu sou responsável. Sim. Totalmente! (…) É difícil falar sobre o que aconteceu, porque isto revive todos aqueles terríveis sentimentos. Eu sinto a dor e o horror daquilo. (…) Eu não espero que me perdoem. Eu não estou pedindo por isto.” Muitos acreditam que estas declarações são falsas. Primeiramente, porque ao emiti-las sua face não demonstrava sofrimento algum. Além disto, alega-se que, se houvesse mesmo este profundo arrependimento, ele teria colaborado mais adequadamente com a resolução definitiva da questão de quantas e quais foram suas vítimas.

O Ultimo Desabafo de Ted Bundy:

Dr. Dobson foi a última pessoa a entrevistar o famoso serial killer Ted Bundy, na noite anterior de Bundy ser executado através da cadeira elétrica pelo Estado da Flórida, em janeiro de 1989. Ninguém sabe ao certo quantas mulheres jovens Bundy estuprou e assassinou.
Bundy confessou à Dr. Dobson que suas fantasias sexuais começaram na idade de doze ou treze anos, quando ele encontrou uma pilha de pornografia, descartada em uma lata de lixo em seu bairro. Ele descreveu seu vício em pornografia como um vício, como qualquer outro vício. Ele disse que, enquanto a pornografia não “causava” nele uma vontade bruta para cometer assassinato, a exposição repetida à pornografia violenta ajudou à “formar e moldar ‘um’ comportamento terrível demais para descrever”. Ted Bundy continuou no caminho do pornográfico violento, o que o levou querendo mais e mais material explícito para ganhar esse novo nível de excitação. Chegou a um ponto onde as imagens não foram suficientes, e ele sentiu um desejo de agir, colocar para fora o que tinha visto. É quando o violentar, torturar, matar e, eventualmente, até necrofilia começaram.

Ted Bundy is dead


Ted Bundy sorrindo ao ser preso.
Em 07:06 a.m em 24 de janeiro de 1989, Ted Bundy foi executado na cadeira elétrica. Suas últimas palavras foram: “Eu gostaria que você desse meu amor à minha família e amigos.” Então, mais de 2.000 volts foram enviadas através de seu corpo há menos de dois minutos. Ele foi declarado morto às 07h16 a.m.


Ted Bundy após execução 

Curiosidades:





- O autor Thomas Harris, com o auxílio de um passe de imprensa, esteve na corte durante um dia do julgamento em 1979. Neste dia foi debatida a marca de mordidas de Bundy em uma de suas últimas vítimas e assim Harris se inspirou na criação da personagem Francis Dolarhyde no seu livro “Dragão Vermelho”, além disto o assassino “Buffalo Bill” de seu livro “O Silêncio dos inocentes” é parcialmente inspirado em Bundy;

- No filme PSICOPATA AMERICANO, Christian Bale, que interpreta o assasino Patrick Bateman faz referência a Ted Bundy perguntando a uma amiga se ela sabia que Bundy tinha uma cachorra chamada Lassie;
- Diversas bandas de Rock e Metal possuem músicas inspiradas em Ted Bundy entre elas Jane’s Addiction (utilizando inclusive trechos da voz de Bundy), Aborted, Church of Misery (que tem uma capa de disco inspirada em Bundy) e Combichrist;
- O vocalista da banda Korn, Jonathan Davis, comprou o fusca original onde Ted Bundy cometeu a maioria de seus crimes como parte de sua coleção de itens relacionados a serial killers;
- Em um episódio do desenho South Park que foi ao ar em 25 de outubro de 2006, Ted Bundy é descrito e satirizado como um dos três patetas. Os outros dois são os assassinos John Wayne Gacy e Jeffrey Dahmer;
- Outras três “biografias” de Ted Bundy foram produzidas para a televisão estadunidense nos anos de 1986, 2003 e 2004 onde os atores que interpretaram Bundy foram respectivamente Mark Harmon (do seriado NCIS), Billy Campbell (DRACULA) e Cary Elwes (JOGOS MORTAIS).




Frases famosas de Ted Bundy




“Nós serial killers, somos seus filhos, nós somos seus maridos, nós estamos em toda a parte. E haverá mais de suas crianças mortas no dia de amanhã. Você sentirá o último suspiro deixando seus corpos. Você estará olhando dentro de seus olhos”
“Eu quero dominar a vida e a morte”
“Não, eu não tive nenhuma misericórdia por nenhuma delas, também não sinto nenhum remorso…Eu sei que fiz muita coisa errada, mas ainda assim eu sou humano. Cortei a cabeça de uma delas com uma serra e a levei para meu apartamento, sei…Mas há muito mais em mim do que esse cara que andou fazendo loucuras por aí. Se me deixarem viver pelo menos mais alguns anos. Não estou pedindo misericórdia e nem perdão. Só estou pedindo mais algum tempo. Em troca posso ajudar a solucionar muitos crimes, posso ser muito útil”
“A fantasia que acompanha e suscita a antecipação que precede o crime é
sempre mais estimulante que a seqüela imediata do crime em si.”
“Quando você trabalha duro para fazer alguma coisa corretamente, você
não quer esquecê-la.” (quando perguntado por que tirava
fotos de suas vítimas)
“Eu sou o mais frio filho da puta que você jamais vai encontrar. Eu
apenas gostava de matar, eu queria matar.”
“Assassinato não é somente um crime de luxuria e violência, mas sim possessão, as vítimas são parte de você…Você senta a última respiração deixando seus corpos. E você olha nos olhos. Uma pessoa nesta situação é Deus”





Bem ... Ele também virou ''tema'' para filme.
O filme mostra o resumo da vida de Ted, até a sua execução .
Muito bom o filme . Vale a pena assistir :)
Beijo a todos e mais uma vez agradeço pela atenção.
Espero sua próxima visita .
Vejamos a Sinopse do filme :





"Ted Bundy" (2002 - 95m)
Ted Bundy era uma assustadora combinação de rapaz do lado, com bom aspecto, e de pessoa com enormes perturbações mentais. Por vezes encantador, bonito, inteligente e carismático, Bundy via-se no entanto por vezes atormentado por perversas fantasias e por sexo necrófago. Um namorado sedutor para mais de uma mulher, Bundy levava as sua fantasias até aos limites, ou para lá deles, quando abandonava as suas namoradas, seduzindo, ameaçando e matando mais de uma centena de mulheres que nunca suspeitaram da sorte que as esperava...
Ted Bundy, um assassino em série, um monstro que tanto pode dizer "acima de tudo eu quero ser normal" como afirmar que "o sexo só é sujo quando é feito como deve ser".


Realizador
. Matthew BrightIntérpretes
. Michael Reilly Burke
. Boti Bliss
. Julianna McCarthy
. Jennifer Tisdale
. Michael Santos
. Anna Lee Wooster
. Steffani Brass
. Tricia Dickson
. Meadow Sisto







Agradeço a visita. Volte sempre ;***

terça-feira, 25 de outubro de 2011


Serial Killer
X
Matador em Massa.

 Serial Killer's 

Mais de 20% dos serial killers são negros, o restante geralmente são brancos. Muitas vezes, um serial killer vai atrás particularmente de prostitutas (por serem presas fáceis), tais como os assassinatos de Pickton em Port Coquitlam, BC, Canadá, onde mais de 50 prostitutas foram assassinadas. Alguns serial killers “estocam” suas vítimas e podem matar várias em um mês, enquanto outros matam de mês em mês, ou geralmente param de matar por um tempo (possivelmente por um ano ou mais e às vezes até 5-10 anos), e alguns desaparecem, cessam sua vontade e matar (por exemplo John List). Serial killers geralmente não têm antecedentes por crimes de sexo. Se o serial killer é capturado, ele irá admitir que ele vai matar de novo.


Muitos serial killers realmente detestam as mulheres, por uma razão ou outra, e desfrutar da sensação de poder que têm sobre cada vítima, instilar o medo e sofrimento em que for possível, é um modo de prazer para eles. A maioria destas mulheres parecem ser um grupo impotente da sociedade que tendem a não ter muito prestígio (esta afirmação é de um psiquiatra sobre serial killers). Eles muitas vezes pegam mulheres que vivem sozinhas. Não há limite de idade para a maioria dos assassinos em série e geralmente matam mulheres que estão no final da adolescência, ou até mesmo uma mulher de 80 anos de idade ou mais. Geralmente o serial killer teve algum evento traumático na infância, mas alguns psiquiatras discordam e acham que os serial killers nasceram sem muita consciência.

Há definitivamente um aumento de serial killers e, especialmente, os EUA, simplesmente porque há uma perda do sentido de comunidade (as pessoas se deslocam para as cidades e não procuram conhecer ninguém) ou as pessoas tendem a fazer como estranhos uns dos outros. Serial killers não têm um acesso de raiva e revoltam-se “do nada”; geralmente são casados, possuem mulher e filhos, podem até ser o bom rapaz ao lado. Eles são normais em torno de outro, trabalham, têm uma vida social… Aparentemente.

Assassinos em massa não têm consciência e são mais jovens (muitos adolescentes.) Um exemplo é o de Columbine. Dois alunos zangados com o professor, seus colegas e com a sociedade, abriram fogo em uma sala cheia.

Assassinos em massa, geralmente odeiam alguma coisa específica e querem se vingar. Eles são sociopatas na natureza. Eles geralmente são “diferentes” do resto da sociedade, são solitários e tendem a ter uma atitude calma sobre eles. Não há nenhum aviso quando um assassino em massa decide matar. Assassinos em massa também podem matar seus próprios familiares. Assassinos em massa premeditam suas ações e planejam o que vão fazer, por ódio puro. Um serial killer tem o seu tempo de escolher uma vítima, segue-a por vários dias ou mesmo semanas antes de matá-la, tem todo um planejamento.

Uma das diferenças marcantes entre um serial killer e um assassinato em massa é o “período de arrefecimento”, ou seja, o período entre uma morte e outra.
Um assassino em massa irá matar grandes grupos de pessoas ao mesmo tempo. Exemplos de assassinatos em massa: Massacre de Columbine High School, e o Massacre em Amish School. Assassinos em massa ao contrário dos assassinos em série, raramente têm uma motivação sexual por seus crimes.
Um serial killer estabelece um prazo legal entre um assassinato e outro, e algum tempo depois (dias, semanas, meses) irá matar novamente. São exemplos de serial killers: David Berkowitz (Filho de Sam), Ted Bundy, e Dennis Rader (BTK Killer).

Assassinos em massa matam em um local durante um curto período de tempo. Normalmente, a maioria dos assassinos em massa usam armas para matar suas “presas”, mas em alguns casos, como o massacre de oito estudantes de enfermagem em 1966 por Richard Speck, os assassinos também usaram facas. Atos individuais de terrorismo também são considerados assassinato em massa, como o atentado de Oklahoma City em 1995 e os ataques ao World Trade Center em 2001. Outros assassinatos em massa notórios incluem o massacre na escola de Colónia em 1964, massacre de San Diego no McDonald’s, em 1984, o massacre de Ecole Polytechnique em 1989, o massacre Killeen Luby em 1991 , o massacre de Columbine em 1999, o massacre real nepalesa em 2001, o massacre na escola de Erfurt em 2002, os disparos na escola Jokela em 2007,os disparos na escola Kauhajoki em 2008,e o massacre de Fort Hood em 2009. E mais diversos outros.



“Massacre no Rio de Janeiro – E mais um matador em massa morre”

Foto: Wellington Menezes depois de morto .

No dia 7 de Abril de 2011, a população brasileira foi surpreendida por um massacre ocorrido numa escola no bairro do Realengo, no RJ. O ex-estudante Wellington Menezes abriu fogo contra as crianças e adolescentes matando 12 e ferindo mais de 20. Ao ser confrontado por um sargento, Wellington deu um tiro na cabeça.
A notícia espalhou rápido ganhando a falsa comparação da mídia com o incidente em Columbine ou, ainda mais erroneamente, incentivando a rotulação de Wellington como um “psicopata”. Nada mais equivocado: Wellington era um matador em massa, não um psicopata.


O termo assassino em massa se refere ao ato de matar grande número de pessoas ao mesmo tempo. Os exemplos incluiriam disparar uma arma de fogo contra uma multidão, ou incendiar um local com grande concentração de pessoas.
O USA Bureau of Justice Statistics define o assassinato em massa como aquele que tira a vida de quatro ou mais pessoas em uma única ocorrência.

James Alan Fox, professor de Direito Criminal na Universidade Northeastern e Jack Levin, diretor do Centro Brudnick para Conflito e Violência, da Northeastern, listaram cinco fatores comuns a muitos assassinos em massa:

1) Um longo histórico de frustração e fracasso;
2) Tendência a culpar os outros e nunca aceitar a culpa por seus próprios erros;
3) Tendência a ser socialmente isolado e solitário;
4) Passar por algum tipo de “gota d’água,” como ser abandonado pela namorada ou demitido de um emprego;
5) Acesso a armas de fogo, preferivelmente de alta potência.

Um exemplo de assassinos em massa, é o caso dos massacres cometidos por estudantes, como foi o caso do massacre do Instituto Columbine, em que jovens transtornados, acometidos de um furor assassino adentraram a escola e mataram estudantes e professores, sem distinção, e depois se suicidaram.
Também há casos de assassinos em massa aparentemente “sem intenção”, ou, pelo menos, sem premeditação. É o caso do refugiado cubano Julio Gonzales, que incendiou o clube noturno “Happy Land”, em Nova York, após discutir com sua noiva e ser expulso do local. No incêndio, 1987 pessoas morreram, mas sua noiva foi salva.
Alguns desses assassinos podem ter motivos financeiros, pelos quais matar seria um meio ou resultado inesperado de um assalto.
Raramente há um motivo de ordem sexual nos casos de assassínos em massa.
De acordo com o livro Copycat Effect, de Loren Coleman, a publicidade sobre essas ocorrências tendem a provocar mais eventos similares.

Pessoas que cometem massacres indiscriminados, são muitas vezes solitárias e frustradas, dispostas a se vingar de seus próprios fracassos. Segundo especialistas, quando Charles Whitman subiu numa torre da Universidade do Texas e matou 13 pessoas, em 1966, ele abriu a “era do homicídio em massa”.

Vejam a carta de despediada dele  : 


Para concluir, nada melhor que uma frase dita de um próprio psicopata sobre isso :



Ted Bundy

A sociedade quer acreditar que pode identificar pessoas cruéis, ou más, ou perigosas, mas não é prático. Se alguem faz algo antisocial ou depravado, isso é uma manifestação de algo que está desenvolvendo em seu interior. Uma vez que fazem algo, eles podem ser classificados. Não se pode fazer previsões até que esse ponto seja alcançado.” – Ted Bundy .